Há uns dias decidi pintar o meu primeiro abstracto e fiquei satisfeita. Contrariamente a algumas opiniões eu não acho que seja fácil pintar abstractos. Mas como é que este meu interesse começou? Decorria o ano de 2002 quando uma amiga me emprestou um livro do Robert Fritz (ele é um compositor, escritor e consultor) e gostei muito da forma como o processo criativo é explicado porque me pareceu muito terra a terra. Aliás, o que depois compreendi ao ler livros escritos por outros artistas é que eles são muito práticos e não vivem permanentemente no mundo das nuvens. Pode haver excepções já que as há em todos os caminhos de vida. Ler sobre criatividade despertou a minha curiosidade em relação a descobrir se tinha ou não um pouco do artista dentro de mim e, embora a arte possa ser aplicada a qualquer área, nomeadamente na psicologia ou na contabilidade (um dia, um contabilista disse-me estar muito satisfeito por ser tão criativo com números), eu resolvi experimentar pintura a óleo. A experiência foi gratificante e, embora o tempo seja muito escasso - passam-se meses que não consigo pegar numa tela - eu continuo a pintar sempre que posso. Pintar fez-me tomar mais atenção ao que está à minha volta e um bom exemplo disso são as árvores porque antes de pintar eram simplesmente verdes mas agora eu vejo diferentes tonalidades de verde, enriquecendo a minha visão. Considero-me uma amadora com letras maiúsculas mas o importante é o quanto desfruto da experiência e, por esta razão decidi partilhar esta minha experiência. Um dos últimos livros do Robert Fritz intitula-se "Your life as Art" e admito que me agrada muito pensar que a vida pode ser uma obra de arte, ou pelo menos que podemos contribuir para que o seja.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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