terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Socializar e Aprender no Mundo Virtual

Não há muitos anos a forma mais corrente de socialização e aprendizagem era realizada através da comunicação directa, isto é, exigia a presença física dos seus participantes. O nascimento das redes sociais transformou de forma radical a nossa forma de socializarmos e aprendermos. A actual geração já nasce a ter contacto com computadores, sendo estes primeiros contactos efectuados através de videojogos - é uma forma de aprendizagem porque através dos jogos desenvolvem competências, estratégias e aprendem a resolver problemas. Conforme vão sendo mais velhos vão começando a interagir com os seus amigos utilizando os sites sociais disponíveis, tais como o Twitter o MSN ou o Hi5. Nesta faixa etária ainda não se sentem motivados a comunicar com estranhos, portanto mantêm contacto com aqueles que partilham o seu quotidiano e têm os mesmos interesses. Digamos que é um prolongamento dos círculos sociais que têm no mundo real.
O Facebook parece ser uma rede mais atraente para adultos ou jovens adultos, já que os adolescentes podem sentir-se constrangidos por interagirem com os pais utilizando a mesma rede social. Embora os adultos também socializem com pessoas que fazem parte do seu círculo de amigos, estão mais abertos a comunicar com estranhos, quer seja por diversão, por questões profissionais ou psicológicas como por exemplo diminuir a solidão. Efectivamente, as redes sociais são meios fantásticos para a manutenção dos contactos sociais, reunindo amigos e amigos de amigos que de outra forma perderiam contacto. É igualmente interessante a forma como as pessoas aderem às actividades de diversão oferecidas pelas redes, e por exemplo, no Facebook muitos indivíduos aderem à Farmville (jogo no próprio Facebook) e cuidam das quintas uns dos outros, oferecem flores, e por aí adiante. Penso que pode ser reconfortante abrir a nossa página no Facebook e constatamos que alguém regou os nossos legumes ou nos ofereceram um biscoito da sorte.
Relativamente à aprendizagem, o que é que a Internet nos pode oferecer? Os tempos em que os livros, as volumosas enciclopédias, eram quase que a única forma de consulta estão ultrapassados. Neste momento, basta colocarmos uma única palavra no motor de busca e temos acesso a milhares de sites com informação diversificada. Existem muitas maneiras de adquirir conhecimentos, sendo os fóruns uma forma muito interessante de partilha de informação e deixam total liberdade às pessoas para participarem ou simplesmente consultarem. A Internet é igualmente um excelente meio de nos mantermos actualizados com tudo o que acontece em qualquer parte do mundo. Estes acontecimentos cobrem todas as áreas possíveis, desde política, artes, investigações científicas, etc. satisfazendo as necessidades de todos os indivíduos. Recordo-me de ler uma história acerca de um determinado acontecimento nos Estados Unidos, passado na época de 1800, o qual foi transmito à Europa por meio de uma carta, a qual levou 45 dias para chegar ao destino, actualmente a transmissão de uma notícia entre estes dois continentes pode levar apenas 45 segundos. Isto para dizer que nem sequer precisamos sair do conforto do nosso sofá para sabermos o que se está a passar no outro lado do mundo.

Boyd, D. (Abril de 2009). Living and Learning with Social Media. Obtido a 12 de Janeiro de 2009 de http://www.danah.org/papers/talks/PennState2009.html

Schroeder, S. (Agosto de 2009). Teens Don’t Tweet, Or Do They? Obtido a 12 de Janeiro de http://mashable.com/2009/08/26/teens-dont-tweet-adult/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O meu primeiro abstracto...

Há uns dias decidi pintar o meu primeiro abstracto e fiquei satisfeita. Contrariamente a algumas opiniões eu não acho que seja fácil pintar abstractos. Mas como é que este meu interesse começou? Decorria o ano de 2002 quando uma amiga me emprestou um livro do Robert Fritz (ele é um compositor, escritor e consultor) e gostei muito da forma como o processo criativo é explicado porque me pareceu muito terra a terra. Aliás, o que depois compreendi ao ler livros escritos por outros artistas é que eles são muito práticos e não vivem permanentemente no mundo das nuvens. Pode haver excepções já que as há em todos os caminhos de vida. Ler sobre criatividade despertou a minha curiosidade em relação a descobrir se tinha ou não um pouco do artista dentro de mim e, embora a arte possa ser aplicada a qualquer área, nomeadamente na psicologia ou na contabilidade (um dia, um contabilista disse-me estar muito satisfeito por ser tão criativo com números), eu resolvi experimentar pintura a óleo. A experiência foi gratificante e, embora o tempo seja muito escasso - passam-se meses que não consigo pegar numa tela - eu continuo a pintar sempre que posso. Pintar fez-me tomar mais atenção ao que está à minha volta e um bom exemplo disso são as árvores porque antes de pintar eram simplesmente verdes mas agora eu vejo diferentes tonalidades de verde, enriquecendo a minha visão. Considero-me uma amadora com letras maiúsculas mas o importante é o quanto desfruto da experiência e, por esta razão decidi partilhar esta minha experiência. Um dos últimos livros do Robert Fritz intitula-se "Your life as Art" e admito que me agrada muito pensar que a vida pode ser uma obra de arte, ou pelo menos que podemos contribuir para que o seja.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O que dizer?

O que posso dizer? Tem sido uma aprendizagem interessante e um pouco frustrante porque nem sempre consigo o que quero na primeira tentativa. No entanto, aumentei a minha sabedoria porque agora já consigo dar os primeiros passos na construção de um blog. A maior dificuldade na manutenção deste espaço vai ser o conteúdo. Parece que nunca tenho nada para dizer. Talvez não seja necessário falar de grandes temas, já que as coisas mais simples também nos chamam a atenção e estou a lembrar-me que gostei muito de ler a receita de sopa no blog duma colega. E por falar de comida, o almocinho não se faz sozinho.
Paula

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem diria...

Foi há relativamente pouco tempo que uma amiga minha me falava da vontade e necessidade de construir um blogue para divulgar o seu trabalho. A minha primeira reacção foi infomá-la que a minha ignorância em tal matéria era total e prontifiquei-me a mostrar-lhe um blogue de uma amiga que ambas conhecemos. Não tornei a dispender um minuto do meu tempo a ponderar sobre construção de blogues. Mas a vida tem destas coisas e, qual não é a minha surpresa quando me vejo a construir um blogue numa aula universitária!...
Até hoje, o uso que tenho dado à internet é sobretudo na utilização profissional e estou a descobrir que este é um mundo vasto, no qual me perco facilmente.